"Primeiro Deus criou o homem, mas depois... bom, depois Ele teve uma idéia melhor", bem melhor!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Para sempre não existe...



"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares
(Jornalista e escritor português, a respeito da morte de sua mãe, a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen)




Imagem: Grove Pashley/Getty Images

Metade (Oswaldo Montenegro)

Metade - Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca; 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Recomeçar...

Ontem à noite, ao escutar Clara Nunes cantar o samba Minha Festa, de Nelson Cavaquinho, percebi que estou pronta, difinitivamente pronta.
Pronta?
Para caminhar!
Engraçado como um samba pode entusiasmar. Afinal, mesmo quando a letra da música conta uma história triste, o faz de forma alegre. 
Paradoxo?
Não!
Vida?
Sim! 
Afinal este é o ciclo. 
Perder, ganhar, sofrer, amar, é um eterno ir e vir.
        
        E não basta varrer a tristeza para baixo do tapete. É necessário varrer para fora de casa e soltá-la ao vento. Pode ser que este pó volte com a brisa, mas nunca mais com a mesma intensidade que estava em sua casa, a não ser que você permita. 
        Ao cantar tal samba é inevitável lembrar que a vida é o agora, assim como aceitar o convite para se despedir da tristeza com graça, com humor, rindo dos próprios erros, sem constrangimentos, buscando tirar com o riso a dor do peito.

        Cantar um samba é um jeito bem brasileiro de ter esperanças, e vamos lembrar que prazer é estar vivo e isso precisar fazer algum sentido.

        E foi justamente ao ouvir este samba que dicidi começar a caminhar de novo, pois a sensação que tenho é que estive tão cansada e com um sapato tão apertado, que resolvi sentar, ficar descalças e apenas apreciar a estrada. Estou pronta para levantar e, mesmo com os pés ainda em dor, voltar a trilhar um novo caminho. Os pés estão mais calejados, mas também mais protegidos e dispostos a descobrir caminhos que nem conhecia, com vontade de voltar ao prazer da viagem, da descoberta, do encontro.

        Quem sabe, daqui a algum tempo, eu mesma não escreva um sambinha, cantando e contando com humor tudo aquilo que errei, mas que me fizeram aprender, crescer e amar. 

        Enquanto isso não acontece, me despeço com as palavras imortais de Carlos Drummond de Andrade.


        Beijos e até a próxima,


        Fê



"Não importa onde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e 
necessário recomeçar..."


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O amor começa por quase nada e acaba por quase tudo

O Amor, principalmente à primeira vista, começa por quase nada. Um sorriso. Um olhar. Uma voz. E tudo porque estamos encantados e a paixão surge de repente, avassaladora, como se fosse uma onda gigante. No início, é tudo tão perfeito. Encontramos encanto até nos defeitos um do outro. Só porque estamos apaixonados.


Foi o que aconteceu comigo, com você, com ele, com ela, com tantos e tantos casais desde que o mundo é mundo.

Com a convivência diária, surge a rotina, aparecem dificuldades, problemas que precisam ser resolvidos. No dia-a-dia, acordamos sem maquiagem ou com a barba por fazer, engordamos, deixamos de namorar, de sair, de dar e de receber flores e chocolates, esquecemos as pequenas atenções, os mimos. Só porque estamos vivendo juntos ou casados. Só porque está tudo tão seguro.

E as mágoas vão-se acumulando, pouco e pouco. Passam-se tudo tão lentamente que quase não nos damos conta. Estamos programados para aquelas sequências de ações, desde o acordar até o dormir, passando por momentos de euforia e de depressão, pelo ignorar a presença até o ato sexual. E com essas pequenas mágoas e rotinas, chegam os silêncios, pois temos medo de falar.

As mulheres, mais extrovertidas emocionalmente, queixam-se, mas os homens não as ouvem. Estão acomodados, preocupados com o trabalho, com os resultados do futebol, com as oscilações no trabalho, com o tamanho da saia da nova secretária e não escutam nada. Não lêem nas entrelinhas. Não nos compreendem.

- Porque não saímos para dançar mais vezes? , pergunta ela.
- Você está sempre implicando com os meus amigos de futebol, resmunga ele.

Finalmente...

- Já não quero te ver!, berra ela.
- Eu saio, diz ele. Vou embora desta casa.

E ele vai e ela o deixa ir.
Deixa-o sair da vida dela.

Passados dias ou semanas, ele quer voltar, reconhece que errou, promete mudar, compensar, recomeçar do zero. Oferece viagens, presentes, jantares e até uns passos de dança. Uma, duas, três, quatro vezes. A mesma história, de novo, de novo. E muito rápido tudo volta a suposta normalidade.

Mas como voltar outra vez?

De repente, muito antes dele sair, aquele amor, que começara por quase nada e acabara por absolutamente tudo, morreu numa lenta e dolorosa agonia.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Homem engravida 12 mulheres que conheceu pelo Facebook

Incrível a quantidade de absurdo que coseguimos encontrar na Internet. Despretenciosamente entrei no Google e resolvi digitar a palavra MULHER.

Se clicarmos em imagens e digitarmos MULHER, surgem na tela diversas fotos relacionadas à vulgaridade e apelação. Até pensei em trazer para este espaço uma reflexão sobre tal tema, mas, antes disso, fui pesquisar as informações e me deparei com esta notícia: "Homem engravida 12 mulheres que conheceu pelo Facebook". 

Pasmem!
 
Portanto mulheres, anotem este nome: Dominic Baronet, pois o cara engravidou doze garotas que conheceu no site de relacionamentos Facebook. O "paizão" Dominic usava sua lábia para seduzir as mulheres e, durante sete anos, espalhou seus herdeiros.

Saldo atual: cinco mulheres deram à luz aos rebentos Baronet, outras cinco abortaram e duas estão esperando bebês.

Dominic, 26 anos, trabalha em uma fábrica e tem antecedentes criminais por fornecimento de cocaína e ecstasy.  Conforme o "News of the World", ele agora está sendo chamado de "Sperminator". Reza a lenda que duas garotas engravidaram no mesmo dia, mas em momentos diferentes. E como quem conta um conto,aumenta um ponto, dizem também que, nessa noite produtiva, o cara também deu conta da própria namorada, mas esta , acreditem, não engravidou.


O ponto intereressante da reportagem é quando as vítima iniciam um protesto para baní-lo do Facebook ou para forçá-lo a realizar uma vasectomia!

Esperem um minuto que vou ler novamente a reportagem.


Queridas leitoras e amigas, digam-me: perdi alguma parte dessa história?


Expulso do Facebook ou Vasectomia?


Senhor!! Que mundo louco é esse!!


Pare, por favor agora, que quero descer...


Éeeeeee... internet é cultura, diversão, informação e procriação...


Beijos e até a próxima!












terça-feira, 3 de novembro de 2009

**ATENÇÃO MULHERES: SE FOREM ESTUDAR NA UNIBAN, NÃO USEM ROUPAS CURTAS OU SERÃO LINCHADAS ! **

Seguindo sugestão da amiga Cristina, não pude deixar de comentar as imagens que correram a internet na semana passada e também exibidas pelo Fantástico, neste domingo, sobre as agressões sofridas por uma estudante em um centro universitário particular, em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo.

A aluna do primeiro ano de turismo é xingada e humilhada, pois estava com um vestido cor de rosa e, para a multidão de alunos, a roupa era curta demais. No meio do tumulto, a tal aluna foi cercada pelos alunos que a hostilizavam e dirigiu-se a sala de aula acompanhada por um professor e um coordenador da Universidade. Acabou por vestir um jaleco emprestado e, em seguida, precisou ser escoltada por policiais militares até sua casa, em Diadema.

Se não fosse triste, pela pobreza de espírito desses alunos, eu estaria dando risadas. Confesso que a primeira vez que ouvi a história, não dei muita atenção e logo pensei: A menina deve ser bonita, por isso estas despeitadas a estão xingando. Talvez até os namorados de algumas delas tenham olhado para os atributos da garota, o que teria possivelmente provocado a fúria das hipócritas aluninhas, pasmem, de uma universidade!

Sinceramente, cheguei a ter pena das cabecinhas ocas dessas pessoas e fiquei surpresa ao entender que aconteceu dentro de uma universidade, num meio acadêmico. Não que eu faça apologia à nudez, até mesmo porque a garota não estava nua! Mas, por favor, nós vemos situações bem piores, todos os dias, no Congresso! De roupas a falsas moralidades...

Uma cena como aquela nos diz que para linchamento falta pouco. É quase uma caça às bruxas, uma inquisição.

Desculpem a franqueza, mas quem são esses idiotas que ainda se dizem estudantes do século XXI, mas com mais pudores e preconceitos do que nossos avós?



Não vou parar para analisar o figurino da moça, se era apropriado ou não, brega ou não. Se não gosta, não olha, mas partir para a ignorância com alguém por usar determinada ou pouca roupa... Com que direitos?


Onde estavam esses jovens que não se organizaram em protestos contra os mensalões da vida, os dólares na cueca (esse sim um figurino bem estranho) e tantas outras baixarias políticas? Onde? Onde?



Para completar, o Fantástico põe Glorinha Calil para criticar o modelito da garota.


"Quando a gente põe uma roupa errada, a roupa que não combina com o lugar que a gente foi, a gente acaba sendo lida de uma maneira que não era a que a gente gostaria. Foi o que aconteceu aqui." diz Glorinha.


Certíssima a tal Glorinha, mas sem cabimento se preocupar com o tipo de roupa que a garota está. As pessoas podem fazer a leitura que quiserem, mas nada lehs dá o direito de humilhar ninguém, nada justifica tal agressão.


Conclusão: estou chocada em tamanho de vestido ser motivo de protesto.


Deus nos ajude a suportar os novos tempos!

Novos?
Velhos?

Na verdade novos tempos, mas com os velhos problemas de sempre...

Talvez esses alunos preconceituosos da Unibam precisem urgentemente assistir Distrito 9, que está nos cinemas. Provavelmente alguns se identificarão com os alienígenas ou com os policiais perseguidores. Fica a dica!



Liberdade de escolha urgente! Por favor!


Acho que o comentário de hoje nos dá margem para outro assunto polêmico nas escolas: Bullying!

Mas fica para a próxima...


Bjs

Fê 

Se quiserem conferir a reportagem do Fantástico, segue o link :
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1152071-7823-OUTRA+ESTUDANTE+SE+DIZ+VITIMA+DE+AGRESSAO+EM+UNIVERSIDADE+EM+SP,00.html

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mulher é um bicho complicado!

Escutei isso de um amigo: "Mulher é um bicho complicado! As mulheres são uma verdadeira incógnita. Nunca se sabe se elas estão fingindo. E juro! Queria muito fazer a mulher que amo feliz." 


Não é lindo?


Com certeza todas nós gostaríamos de escutar isso!


Para dar um pouco de conforto a esse meu especial amigo ou talvez deixá-lo ainda mais maluco, transcrevi alguns trechos do livro "MULHER: O Negro do Mundo", do Dr. Malcolm Montgomery. Espero que isso o ajude a entender a sexualidade feminina e as sensibilidades emocionais das mulheres. Sua intenção em fazê-la feliz já é o primeiro passo para conseguir a felicidade de ambos.
 
O Orgasmo das Fêmeas Sabia que a única fêmea que tem prazer é a mulher? Nenhuma outra fêmea animal sente orgasmo.Só os machos é que sentem o orgasmo junto com a ejaculação.


O Império dos Sentidos. A sexualidade feminina é envolta pelo mistério. Eletrodos colocados nos genitais da mulher para avaliar a representação sexual da mulher oferecem apenas alguns dados fisiológicos básicos. Mas, além deles, a resposta sexual feminina depende de muitos elementos desconhecidos e não se limita à equação linear desejo + vasocongestão + orgasmo. Os sentidos têm um papel de destaque nesse processo. O sexo é sensorial. Apesar de vivermos numa sociedade altamente técnica, dominada pela imagem e pelos sons, o olfato é o sentido mais capaz de memorizar e reproduzir nossas emoções mais profundas. O cheiro é fundamental para a sexualidade humana, tanto para a atração inicial quanto para a manutenção de um relacionamento. A audição é muito mais importante na resposta sexual das mulheres do que dos homens, devido às diferenças entre os hemisférios cerebrais masculino e feminino. As mulheres têm maior necessidade de ouvir que são desejadas não só sexualmente, mas também amorosamente. A entrega é facilitada por situações afetivas e frases românticas. Para os homens, pesa mais o estímulo visual. Olhos, boca, seios, região lombar, nádegas e ombros. Na comunicação do sexo, sabemos que estas regiões do corpo feminino são preparadas para atrair o parceiro sexual. Um dos mais poderosos estímulos sexuais é o toque, especialmente em áreas erógenas do corpo. O toque é o único sentido que não pode ser encoberto durante a entrega. Fisicamente, a mulher é Muito Simples!

O emocional complica tudo. Centenas de motivos psicológicos e sociais que se entrelaçam podem levar a mulher a bloquear o orgasmo. O que pode ajudar muito no desbloqueio dessas mulheres é o parceiro. Quando um casal se ama, se respeita e se compreende, vencer a inibição que dificulta a entrega e o gozo não é uma tarefa difícil. 



Vergonha do próprio corpo. O homem, em geral, não percebe como pode ser embaraçoso para uma mulher ter cada detalhe do seu corpo nu examinado pelo olhar do parceiro, ainda com a melhor das intenções. Se não aceita o seu próprio corpo ou alguma parte dele (o que é bastante comum na mulher), ela conclui que o olhar do parceiro é crítico. Isso impede a excitação inicial e torna o ato sexual desgastante e irritadiço. 


Auto-estima abalada. Essa á a causa mais usual de bloqueio da sexualidade feminina.
Eis alguns motivos comuns que abalam a auto-estima, prejudicando o relacionamento sexual, segundo as mulheres: 

- Traição do companheiro. Poucas mulheres são capazes de entender a traição, sentindo-se culpadas porque o marido teve necessidade de manter relações extra conjugais. 
- Palavras ofensivas. A mágoa é sempre maior do que o prazer. Reunir os dois na cama é um desastre. Para a mulher, então o orgasmo é impossível. 
- Indiferença pelas suas realizações. Partindo-se do pressuposto de que só se ama quem se admira, como se sente uma mulher que não recebe nenhum aplauso, mesmo que silencioso, do homem que ama? Não há auto-estima que resista. Frágil e insegura, ela não leva para a cama o charme e a disposição das mulheres que se sentem admiradas. 


"MULHER - O Negro do Mundo"
Malcolm Montgomery
(Editora Gente)



Bom! Como ando com a inspiração para escrever em baixa, o livro do Malcom caiu como uma luva. Além disso, é sempre bom parar para pensar nesse assunto.


Beijos e até a próxima!

sábado, 19 de setembro de 2009

Para viver bem e melhor

Recebi da Mireide, por email, e ADOREI!
Super registrado...


ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS, CLEAVELAND, OHIO.

"Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi. Meu taxímetro chegou aos 90 em agosto, então, aqui está a coluna, mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.

3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.

4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.

5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.

6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.

7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.

8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.

9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.

10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.

11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.

12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.

14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.

15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.

16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.

17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.

18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.

19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.

20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.

21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...

23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.

26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todos.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.

31. Indepedentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.

32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...mas saiba que o livre arbítrio tem retorno.

33. Acredite em milagres.

34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.

35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.

36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.

37. Seus filhos só têm uma infância.

38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.

39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.

41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor está por vir.

43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.

44. Produza.

45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente "



"Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual ...
somos seres espirituais passando por uma experiência humana"

 
Lembre-se sempre disso!
Bjs e bom final de semana...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CLUBE GOURMET DE LITERATURA E CINEMA

Dia desses, ao escrever meus hábitos de leitura no blog de uma amiga, percebi o quanto adoraria ter uma livraria-café, um lugar onde as pessoas poderiam se encontrar para trocar experiências de leitura de forma aconchegante e requintada. Estive pensando sobre isso e percebi que esse é um desejo mais individual que capitalista. Isto é, a idéia não se relaciona com ganhar dinheiro, mas em realizar uma vontade que tenho de sentar com amigos e passar horas falando sobre aquele livro que o grupo leu. Não bastasse essa vontade, assisti o filme “O Clube de Leitura de Jane Austin”. Pronto! Descobri como começar e baseada nisso tudo e com umas amigas tão devoradoras de livros quanto eu, nasceu o nosso CLUBE DE LEITURA! ,
O nosso primeiro encontro foi no último sábado, dia 12, e como no filme  aconteceu na Starbucks, regado a muito café, guloseima e boa conversa.



O primeiro livro escolhido foi Bipolaridade, Memória de Extremos da Terri Cheney. Eu, particularmente, considerei a leitura muito intensa e permitiu não só uma profunda reflexão sobre a Bipolaridade, como também proporcionou ao grupo um momento de confidências e resgates de nossas próprias histórias, onde identificamos pessoas e situações com características bipolares. 


Só para que tenham uma idéia sobre o livro, em um momento, Terri está agachada sob sua mesa em seu escritório em Beverly Hills, paralisada pela depressão, no momento seguinte, está empinando pipas à beira de um penhasco, sob uma violenta tempestade. Em outro momento, ela está tomando uma dose excessiva de analgésicos com tequila, e depois está perdidamente apaixonada. Bonita, extremamente bem-sucedida e brilhante, Cheney, como outros 10 milhões de pessoas, apenas nos Estados Unidos, sofre de transtorno bipolar, um terrível segredo que quase a matou. A autora revela os efeitos causados por essa devastadora doença sobre si e sobre aqueles que a cercavam. Desde as múltiplas tentativas de suicídio, experiências de quase morte, noites na cadeia e exploração sexual, passando por amizades rompidas e pelo tratamento de eletrochoque, Bipolar é o retrato de uma vida vivida em extremos, uma inesquecível viagem numa montanha-russa de emoções.
 
Foi uma tarde extremamente agradável que passou muito rápido e já deixa saudades. 


Nossa leitura para outubro é “Comer, Rezar e Amar” de Elizabeth Gilbert.

Beijos e até a próxima!





 

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Começar de novo...

Será que ainda estou em busca de um amor romântico, de um jeito talvez idealizado nos cinemas, em filmes como Diário de uma Paixão, Harry e Sally - Feitos um para o Outro, A Casa do Lago ou Orgulho e Preconceito?
Na verdade, (preciso confessar!) ainda me emociono ao ver duas pessoas no altar prometendo amor eterno. O problema é que o tempo me mostrou, na verdade escancarou, que esse sentimento não consegue sobreviver à dura realidade da convivência.
Mudam-se os atores, mas o roteiro é o mesmo.
A tendência é repetir os erros, atribuindo ao outro o papel de provedor de sua felicidade ou infelicidade, dependendo da fase da relação em que vocês se encontram.
Eu vivi isso e aprendi a lição, pois esperamos sim que uma outra pessoa entre em nossas vidas para preencher o vazio que sentimos. Mas, não nos damos conta de que esse vazio nos acompanha desde a infância, desde sempre.
No útero, vivemos uma situação de aconchego que é rompida no nascimento. Esta sensação é então substituída pelo inevitável sentimento de desamparo que nos persegue por toda a vida.
A busca de uma cara metade, de alguém perfeito para nós, não passa de uma tentativa de tapar o buraco, de amortecer a dor pelo fato de nos sentirmos tão sós. Projetamos no parceiro o que precisamos e queremos que ele se comporte de acordo com as nossas necessidades.
É muito bom quando encontramos alguém com quem podemos estar juntos, relaxar, trocar carícias, amar. O problema aparece quando passa a fase da paixão e a personalidade de cada um se evidencia. Inicia-se então um jogo de poder para saber como o relacionamento irá se desenvolver.
Qual é a cara que esse relacionamento deve ter?

Pode ser que cada um dos dois tente impor seu próprio ritmo e isso gere uma disputa sofrida e interminável. Pode ser que um dos dois ceda, anulando-se na relação. Se isto acontecer é provável que o parceiro o despreze depois. Muitos círculos viciosos acontecem destruindo qualquer tentativa para que o romance seja bem sucedido.
Esta questão só se resolve quando cada um compreende o que quer para si e para o seu relacionamento. Qual é a sua intenção?
Às vezes basta parar perguntar e responder com sinceridade: o que você espera de mim? O que você quer comigo? E saibam que as resposta podem ser reveladoras e surpreendentes.
É tão mais fácil quando a conversa flui e as coisas ficam claras.
Desejo e bem-estar e não dependência e necessidade.
Isso é amor!

Somente com muita consciência e autoconhecimento é que podemos fazer uma opção por uma vida baseada em virtudes e não nos vícios e repetições inconscientes.
Quando escolhemos o caminho do bom senso e da comunicação, já é um passo importante para estabelecer relações que também sejam fortes e duradouras. Nossa atitude muda. Não esperamos mais que o companheiro nos dê aquilo que está faltando. Os dois se trabalham o tempo todo, funcionando como uma espécie de espelho para que se enxerguem melhor. Os conflitos não são mais vistos como algo ruim, mas como oportunidades de crescimento.
Assim, a parceria deixa de ser algo fantasioso para funcionar como suporte de uma jornada que nem sempre é fácil, mas com certeza é virtuosa.
Para que um relacionamento seja satisfatório é importante que tenhamos a sensação de que estamos sendo nós mesmos, que somos autênticos. Pode até disfarçar por um tempo, mostrando aquilo que o parceiro espera. Podemos fazer de conta que somos um menino ou uma menina boazinha e politicamente corretos. Mas é inevitável que em, algum momento, cansemos e mostremos as garras, ou melhor, mostremos nosso verdadeiro eu.
Do outro lado, é bem capaz que o companheiro ou companheira fique decepcionado(a) achando que comprou gato por lebre."Não é com este cara que eu me casei!".
Mas o tempo se encarrega de mostrar quem as pessoas realmente são. Por isto só nos resta mudar nossas cabeças, conceitos e sentimentos, aprendendo a construir relações baseadas mais na realidade e menos em projeções românticas.
Não estou dizendo que é ruim luz de velas, flores, surpresas e gentilezas. Tudo isso é muito bom, mas constituem somente uma parte da história. Se não tivermos a capacidade de enfrentar os momentos difíceis, de encarar a dor que caracteriza o crescimento e a resolução de conflitos, se formos sempre reféns do medo e da necessidade de aprovação, não conseguiremos estabelecer um vínculo de qualidade.
Podemos ter medo de nossa própria agressividade, abaixando a cabeça quando deveríamos defender nosso espaço e nossa dignidade. Podemos ter medo do que os outros pensam de nós. Podemos ter medo do desconhecido. Sendo assim, nossa vida não consegue fluir com felicidade. Podemos até ter dinheiro, patrimônio, segurança, mas com certeza, não conseguiremos um bom relacionamento.
O amor combina mais com uma atitude corajosa. Decidimos que queremos ser felizes, custe o que custar. Não nos contentamos com pouco. Quando a comunicação não está boa, convidamos o outro para conversar, mesmo que esta atitude signifique muita adrenalina. Queremos entender o que está errado sem importar-nos com quem vai ganhar ou perder.
Fundamental é ser feliz!
Para isto não existem fórmulas fáceis. O caminho é a incansável busca de nós mesmos, dos nossos talentos, da nossa forma única de colaborar para que este planeta seja um pouco melhor. Então nos sentimos mais úteis, nossa vida tem mais sentido e a luz interior aparece.

Precisamos ser os primeiros a nos reconhecer e a nos aprovar.
Sentimos-nos mais preenchidos, o vazio diminui. Desta forma, o companheiro estará ao nosso lado como um parceiro com quem podemos contar e compartilhar a vida e não como alguém chato que cobra algo que nós não podemos, nem temos para dar.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Minha mãe: Amor e Saudade!

Minha mãe era muito rígida, mas fazia "coceirinha" nas minhas costas quase todas as noites pra eu dormir.No frio, me cobria com o maior carinho do mundo. Engraçado, hoje é disso que lembro e não da rigidez.


Minha mãe precisou ser PÃE. Pai e Mãe, pois meu pai subiu para o andar de cima muito cedo e quando ainda estava por aqui, a doença (porque para mim alcoolismo é doença) o impedia de estar sempre presente. Que mulher forte e guerreira foi minha mãe!

Hoje entendo cada NÃO que ela me deu quando eu queria ouvir SIM.

Entendo a "PARANÓIA" quando negava um pedido meu para dormir na casa de uma amiga.

As cobranças, o respeito, as preocupações, cuidados, ciúmes...

Agora que sou mãe, vejo o quanto é difícil e doloroso EDUCAR.

Educar, é dar LIMITE. E LIMITE, é AMOR.

Obrigada MÃE pelos valores que você me passou.

Obrigada pelo AMOR INCONDICIONAL.

Hoje posso entendê-lo ainda mais...


Adoro ver a Amanda seguindo nossos passos...

Sabe o que isso significa?

A continuação do seu AMOR, da sua VIDA, da sua HISTÓRIA!

TE AMO!!!!

NÓS TE AMAMOS!!!!

Fê e Amanda

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hoje escrevo para Amanda


Filha, adoro te ver dormir.
É um momento sereno, tão nosso, tão para sempre.
Quando tu eras um bebê, ficava deitada ao teu lado, às vezes por uma hora, só te contemplando. Passava a mão no teu rosto, de levinho, ajeitava o teu cabelo, sentia a tua respiração quentinha fazer cócegas na minha pele, e vez ou outra, confesso, te dava um beijo. Naquela hora você era tão minha.
Hoje, que já és uma mocinha, que me conta tudo: seu anseios, dúvidas, medos, conquistas, paixões, me sinto orgulhosa de ter construído uma relação tão serena, equilibrada e amiga.

Quando pedes para dormir comigo, muitas vezes me pego de novo te contemplando e percebo que ainda é o momento em que me abstraio do dia-a-dia para, naquele instante, apreciar o milagre da vida, do crescimento, do amor.
Velo teu sono e te amo ainda mais.

Na verdade te amo quando te vejo dormir, e também nas manhãs barulhentas de domingo com o Joey, nos longos papos na hora do banho, nas intermináveis horas no trânsito de São Paulo, nas historinhas contadas daquele nosso jeito engraçado, na saída da escola, nos carinhos, e de novo quando chega a noitinha... e posso mais uma vez te ver dormir !

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Mulher ontem e hoje


Dizem que antigamente nós, mulheres, pensávamos apenas na família, na casa, nos filhos, nos problemas, menos em nós mesmas. É como se fossemos condenadas a viver a margem de uma sociedade machista, que nos rotulou de subversivas uma vez que Eva induziu o bobo do Adão a comer a maçã. Fomos então conhecidas como ardilosas, perigosas e que "só" servíamos para reprodução.
Será que isso é tão antigamente assim?
Tudo bem, hoje muita coisa mudou, a mulher conquistou espaço, garantiu direitos, adquiriu voz e uma representação social forte, muito mais do que a "só" reprodutiva.
Entretanto, acho que algumas conquistas vieram carregadas de problemáticas e neuroses. Por exemplo, antigamente, nas questões que envolvem a sexualidade, nós éramos vistas como deusas por serem aquelas que dariam continuidade a vida, ou seja, ao tudo. Mas veio a época da Igreja! E essa dominação propagou pecados, obrigações e regras que nos enclausurou numa prisão moral e restrita. E isso permaneceu até as mulheres saírem desta prisão religiosa para entrar para a prisão capitalista, pois eram expostas há horas e mais horas de trabalho, em fábricas que construíam tudo, mas destruíam nosso sonho de liberdade.
Eis que chega o dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada em Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Uma tragédia que, sem sombra de dúvidas, incentivou o movimento feminista, e deu todos os direitos legais e morais que as mulheres têm hoje.
Muita coisa mudou, desde então, mas as mulheres também acabaram por reforçar outros lados, fragilizando, muitas vezes o respeito e crinaod situações que tornaram-se inimigas da feminilidade.
Por exemplo, hoje você digita no Google a palavra “mulher” e o que mais se pode ver é a erotização da imagem feminina. Clodovil dizia “que as mulheres estão vulgares, trabalham deitadas e descansam em pé...”, lógico que não são todas. Ainda há mulheres que honram a classe, pois são femininas como Audrey Hepburn, revolucionárias como Coco Chanel, elegantes como Fernanda Montenegro, humanitárias como a Princesa Diana, talentosas como Carmem Miranda, sexy como Brigitte Bardot
Em cada mulher há uma beleza e, para tanto não é necessário tornar-se apenas objeto de desejo dos homens, até porque homens gostam de mulheres, aqueles que escolhe muito “eu quero loira, de pernas longas, de seios fartos...”, ou ele gostaria de ser assim, ou está confundindo as mulheres com os buddy poker do Orkut.
E para concluir, o que deveriam mesmo exterminar são aquelas “pragas urbanas” das mulheres-frutas, morango, jaca, melancia, pois tornaram-se apelidos pseudo-eróticos.
Isso é modinha. Daqui a pouco ninguém lembra delas.
Não deixam nada, não acrescentam nada.
Que acabe logo esse período dos pseudônimos e chegue o período dos adjetivos.
Mas que adjetivos pôr nessas mulheres?
Talvez futilidade e inutilidade, já que sabemos que não é preciso mostrar a bunda para ser uma mulher de verdade.
A história da mulher é a história da pior tirania que o mundo conheceu: a tirania do mais fraco sobre o mais forte."
Oscar Wilde

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço.
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo,
ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada.
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo,
ou um pouco mais,
se puder ser,
Ou até se não puder ser…

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto…
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo.
Íssimo,Cansaço…

Álvaro de Campos

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Amor

Você está sozinho…
Em frente a TV, devora dois pacotes de doritos enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha…Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmm
É a sua mãe, quem mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamadas por telepatia.
Amor não atende com hora marcada.

Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase “galinha”, sem disposição para relacionamentos sérios.
Ele passa batido e você nem aí.
Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido, desconfiado, cheio de olheiras….
E o amor dá meia – volta, volver….
Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo…
Que você está de banho tomado, com camisa e jeans?
Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana?
Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz?
Agora que você está com o coração as moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.
Você passa uma festa inteira hipnotizando alguém que nem te enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos para você.
Ou então fica arrasado porque não foi à praia no final de semana. Toda sua turma está lá, azarando-se uns aos outros.
Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é redirecionar o radar, para norte, sul, leste e oeste.
Seu amor pode estar num corredor de supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares, você que não procura direito!
A primeira lição está dada:“O amor é onipresente!”
Agora, a segunda:“… mas é imprevisível!”
Jamais espere ouvir “Eu te amo” num jantar à luz de velas no dia dos namorados.
Ou receber flores logo após a primeira transa.
O amor, odeia clichês.
Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira, às quatro da tarde… depois de uma discussão, por você ter gostado do filme e ele não…e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovada no teste de baliza…
Idealizar é sofrer!
Amar é surpreender!
Amem sempre, pois (não é mera pieguice) tudo passa, no fim, só o amor, permanece!

Claro! Martha Medeiros

terça-feira, 4 de agosto de 2009

As feministas que me perdoem, mas hoje acordei assim.

Eram 5h quando o despertador tocou hoje e eu não tinha forças nem para atirá-lo contra a parede. Estava tão cansada, não queria ter que trabalhar hoje. Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando. Queria apenas passear com o Joey (meu York) pelas redondezas. Talvez fazer alongamento. Quem sabe leite condensado? Brigadeiro! Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz idéia de reivindicar direitos à mulher e por quê ela fez isso conosco que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas (dos maridos) , decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes nas hortas, educando as crianças, freqüentando saraus, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.
Aí vem uma “fulaninha” qualquer, que não gostava de sutiã, nem tão pouco de espartilho, e contamina as várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço". Que espaço, minha filha???!!!!! Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos, que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí, todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz. Essa brincadeira de vocês, feministas, acabou é nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.
Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard do vôlei.
Por quê, me digam por quê, um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com a macharada? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso! Tava na cara que isso não ia dar certo!
Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos, acessórios usar. Que perfume combina com meu humor, nem de ter que sair correndo. Ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia reta na frente do computador, resolvendo problemas.
Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, pós-doutorados e especializações (ufa!).
Viramos super mulheres, continuamos a ganhar menos do que eles, lavar, passar,cozinhar e cuidar dos filhos da mesma forma. E ainda temos que dividir as despesas da casa.
Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?
Chegaaaaaaaaaaaaaaaa!
Eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela, e tem mais, que chegue do trabalho, sente no meu sofá, e diga "meu bem, me traz uma dose de café, por favor!".
Descobri que nasci para servir! Vocês pensam que eu tô ironizando? Tô falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna.
Dá uma olhadinha na foto aí de cima, olha o ar de calma e alegria da mulher de antigamente, isso porque estava na cozinha! Tem cara de estressada?

Bom, eu estou assim hoje, talvez amanhã acorde um pouco mais subversiva...

Bom dia! Bom dia por quê?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

E as santas? Elas existem?

Complicado, né?!!

Bom a Martha Medeiros parece acreditar que não existem, mas vamos combinar que tem várias mulheres na história que podem passar sim por santas. Eu sou bem curiosa também nesta parte bíblica. Espero que gostem!

Por exemplo, muitas mulheres importantes e sábias tiveram participação efetiva na História do Cristianismo. Já li a respeito da sabedoria e virtude de Abigail, em contraste com a atitude desprezível de seu marido, Nabal (ISm 25,2-42). Davi a elogiou dizendo: “Bendito o Senhor, Deus de Israel, que, hoje, te enviou ao meu encontro. Bendita seja a tua prudência, e bendita sejas tu mesma, que hoje me tolheste de derramar sangue e de que por minha própria mão me vingasse”. As Escrituras também descrevem a pureza inocente de Tamar e a lascívia egoísta de seu irmão, Amom (IISm 13,1-19). Como o contraste entre uma mulher boa e inteligente e um homem tolo e ímpio poderia ser melhor exposto? Quando Joabe precisou que alguém apelasse para o rei Davi em favor de Absalão, ele não escolheu um homem, mas uma mulher sábia de Tecoa (2Sm 14,1–20). Deus usou a rainha Ester, uma mulher de beleza e força, para livrar Israel da extinção tramada pelo perverso Hamã (Est 4-8). A derrota de Sansão deu-se por conta de uma mulher (Jz 14 -16). Salomão também foi afetado desfavoravelmente por mulheres (IRs 11,1–4). Jezabel ajudou a efetuar a ruína de Acabe (IRs 21,1–26). Uma mulher alimentou Elias (IRs 17,9–15). Uma mulher eminente providenciou comida e um quarto para Eliseu (IIRs 4,8–10).

Maria, sempre Maria, gerou e alimentou Jesus Cristo. Que mulher! (Lc 8,1–3; Mt 27,55; Mc 15,41)
Uma samaritana recebeu a grande lição sobre a verdadeira adoração no poço de Jacó, e levou uma cidade inteira a ouvir Jesus (Jo 4,21–42). Uma mulher ungiu Jesus antes de Sua morte (Mt 26,7–13). Durante a crucificação de Jesus (Jo 19,25; Lc 23,49), várias mulheres — incluindo Sua Mãe Santíssima — ficaram corajosamente com Ele, enquanto Seus seguidores homens O abandonaram. Até mesmo os apóstolos escolhidos fugiram com medo de perder a vida quando a escolta armada prendeu Jesus (Mateus 26,56).

Mas o grande destaque da participação das Mulheres na História do Povo de Deus é participação decisiva de Maria – Mãe de Jesus: na Anunciação (Lc, 1 26-58), nas Bodas em Caná (Jo 2 1-11), sua presença diante de seu Filho na Cruz acolhendo o pedido Dele em nos tomar como Filhos (Jo, 19, 25.27) e em Pentecostes (At 1, 14). Muitos outros relatos surgem por causa da tradição Bíblica, mas vamos nos ater a estes, que muito já falam ao coração das mulheres!

Mas vocês precisam concordar comigo que são todas um pouco doidas, pois a coragem para fazer tanto em um mundo ou em um determinado e conturbado momento histórico... Senhor! Que loucura!

Portanto Doidas e Santas!!


Quem são as Doidas?

Um dia desse encontrei este texto e achei interessante para definir o quanto os homens gostam de mulheres doidas.

Foi escrito por Ronaldo Correia Júnior e a história e o site dele são bem interessantes. www.dedosdospes.com.br

Cena do Filme "Loucas por amor. Viciadas em dinheiro"

"Sou muito lúcido, racional, equilibrado, metódico, e tenho uma vida monótona e entediante, o que me faz ter uma grande sede de aventura e muita ousadia. Jung tornou o ditado “os opostos se atraem” uma proposição da Psicologia Analítica, que me explica bem: tendo a me apaixonar por mulheres doidas e absurdas, pois me divertem, fazem rir – inclusive delas – e sonhar, quebram minha rotina até radicalmente, me enchem de vida e testam minhas racionalidade e lucidez ao limite; sei que isso pode ser muito perigoso, mas, nesse caso, o risco só me atrai mais. Assim, alguns dos (talvez os) melhores momentos da minha vida foram propiciados por essas mulheres. Porém, é difícil definir o que significa uma mulher ser “doida” para mim. Não é ser liberal, emancipada, beber, fumar, transar por prazer, tomar iniciativa com os homens, etc – e não me intimido com esse tipo de mulher. Com certeza, é ser muito ousada, inconformista, corajosa, audaciosa, aventureira, atrevida, pró-ativa e competente para viver com criatividade e energia. Talvez seja ser psicologicamente complexa, o que requer certa inteligência e cultura para expressar e elaborar tal complexidade. E, é claro, não é ser “doida” no sentido literal, patológico, de ser psicologicamente desequilibrada, embora estabelecer esta linha divisória seja o grande problema, já a ultrapassei uma vez e paguei caro. Confirmando aquele ditado, essas mulheres – mas não só elas – tendem a se atraírem, se apaixonarem por mim, talvez por precisarem das minhas racionalidade, lucidez e capacidade de compreendê-las."

Mas, como bem escreveu a Martha Medeiros, precisamos, muitas vezes, fingir que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata com o Johnny Depp, ou então rebolar num RocknRolla com o Gerard Butler (lindo!).

Eu confesso que só conheço mulheres loucas (graças à Deus!), porque estas têm vida e muita história para contar. E cada uma com a sua loucura especial, encantam e fascinam.

"Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota."

Pra começo de conversa...

Olá!

Que bom criar esse espaço.

Gosto tanto de escrever, conversar, trocar idéias com as minhas amigas, que achei que esse espaço seria muito bacana...

Pra começo de conversa, preciso confessar que ADORO as crônicas da Martha Medeiros. Gaúcha, como eu, e com uma capacidade incrível de escrever aquilo que a gente pensa, sente, vive.

E o título deste blog está diretamente relacionado com a Martha, por isso transcrevo o artigo que me motivou.

Participem e contribuam.

SEJAM SEMPRE BEM VINDAS!



Doidas e Santas
Martha Medeiros
Jornal Zero Hora, 04 de maio de 2008

"Adélia é uma poeta danada de boa. E perspicaz. Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma estando em plena meia-idade, depois de já ter trilhado uma longa estrada onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente? Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões - e a gente sabe como as desilusões devastam - terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso? Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe???Nem ela, caríssimos, nem ela.Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais. Santa mesmo, só Nossa Senhora, mas cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou? (não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do).Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar "the big one", aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha. Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos. Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.

E então? Comentem aí: vocês têm pelo menos uma destas qualificações?
Exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante!