"Primeiro Deus criou o homem, mas depois... bom, depois Ele teve uma idéia melhor", bem melhor!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O amor começa por quase nada e acaba por quase tudo

O Amor, principalmente à primeira vista, começa por quase nada. Um sorriso. Um olhar. Uma voz. E tudo porque estamos encantados e a paixão surge de repente, avassaladora, como se fosse uma onda gigante. No início, é tudo tão perfeito. Encontramos encanto até nos defeitos um do outro. Só porque estamos apaixonados.


Foi o que aconteceu comigo, com você, com ele, com ela, com tantos e tantos casais desde que o mundo é mundo.

Com a convivência diária, surge a rotina, aparecem dificuldades, problemas que precisam ser resolvidos. No dia-a-dia, acordamos sem maquiagem ou com a barba por fazer, engordamos, deixamos de namorar, de sair, de dar e de receber flores e chocolates, esquecemos as pequenas atenções, os mimos. Só porque estamos vivendo juntos ou casados. Só porque está tudo tão seguro.

E as mágoas vão-se acumulando, pouco e pouco. Passam-se tudo tão lentamente que quase não nos damos conta. Estamos programados para aquelas sequências de ações, desde o acordar até o dormir, passando por momentos de euforia e de depressão, pelo ignorar a presença até o ato sexual. E com essas pequenas mágoas e rotinas, chegam os silêncios, pois temos medo de falar.

As mulheres, mais extrovertidas emocionalmente, queixam-se, mas os homens não as ouvem. Estão acomodados, preocupados com o trabalho, com os resultados do futebol, com as oscilações no trabalho, com o tamanho da saia da nova secretária e não escutam nada. Não lêem nas entrelinhas. Não nos compreendem.

- Porque não saímos para dançar mais vezes? , pergunta ela.
- Você está sempre implicando com os meus amigos de futebol, resmunga ele.

Finalmente...

- Já não quero te ver!, berra ela.
- Eu saio, diz ele. Vou embora desta casa.

E ele vai e ela o deixa ir.
Deixa-o sair da vida dela.

Passados dias ou semanas, ele quer voltar, reconhece que errou, promete mudar, compensar, recomeçar do zero. Oferece viagens, presentes, jantares e até uns passos de dança. Uma, duas, três, quatro vezes. A mesma história, de novo, de novo. E muito rápido tudo volta a suposta normalidade.

Mas como voltar outra vez?

De repente, muito antes dele sair, aquele amor, que começara por quase nada e acabara por absolutamente tudo, morreu numa lenta e dolorosa agonia.


6 comentários:

  1. é.. é bem por ai mesmo... é engraçado como num simples gesto a gente se apaixona, e por todo o resto acaba. mais isso passa! ;)
    adoro ler as coisas que voce posta fe. beeijo grande.!

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  2. Fe
    Adorei o Blog.
    O título 'doidas e santas' é muito significativo. Porém, acredito que as santas são mais doidas do que as doidas!!! O que acha?
    Bem, sobre o texto acima, gosto de uma frase que ouvi não sei onde e nem de quem, que diz: 'casamento' (leia qq. união 'estável') é como submarino; pode até flutuar na superfície, mas foi projetado para afundar.
    Bjs.
    Parabéns.

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  3. Vendo daqui onde estou, acho que o melhor é deixar ir. Talvez se ela tivesse ido antes, o tudo seria menor. Aprendemos a conhecer os sinais quando eles não valem mais muita coisa.

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  4. Desculpe ivadir asssim teu blog, mas não consigo parar de ler. Será que eu leria essas coisas se estivesse "tudo bem"? Beijão enorme e o obrigado por expor as tuas experiências.

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  5. É o que tá acontecendo comigo...

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  6. Acho que td mundo ja passou por algo parecido, e nessas horas vale aquele velho conselho: o que nao nos derruba, nos fortalece!!!

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