"Primeiro Deus criou o homem, mas depois... bom, depois Ele teve uma idéia melhor", bem melhor!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

E as santas? Elas existem?

Complicado, né?!!

Bom a Martha Medeiros parece acreditar que não existem, mas vamos combinar que tem várias mulheres na história que podem passar sim por santas. Eu sou bem curiosa também nesta parte bíblica. Espero que gostem!

Por exemplo, muitas mulheres importantes e sábias tiveram participação efetiva na História do Cristianismo. Já li a respeito da sabedoria e virtude de Abigail, em contraste com a atitude desprezível de seu marido, Nabal (ISm 25,2-42). Davi a elogiou dizendo: “Bendito o Senhor, Deus de Israel, que, hoje, te enviou ao meu encontro. Bendita seja a tua prudência, e bendita sejas tu mesma, que hoje me tolheste de derramar sangue e de que por minha própria mão me vingasse”. As Escrituras também descrevem a pureza inocente de Tamar e a lascívia egoísta de seu irmão, Amom (IISm 13,1-19). Como o contraste entre uma mulher boa e inteligente e um homem tolo e ímpio poderia ser melhor exposto? Quando Joabe precisou que alguém apelasse para o rei Davi em favor de Absalão, ele não escolheu um homem, mas uma mulher sábia de Tecoa (2Sm 14,1–20). Deus usou a rainha Ester, uma mulher de beleza e força, para livrar Israel da extinção tramada pelo perverso Hamã (Est 4-8). A derrota de Sansão deu-se por conta de uma mulher (Jz 14 -16). Salomão também foi afetado desfavoravelmente por mulheres (IRs 11,1–4). Jezabel ajudou a efetuar a ruína de Acabe (IRs 21,1–26). Uma mulher alimentou Elias (IRs 17,9–15). Uma mulher eminente providenciou comida e um quarto para Eliseu (IIRs 4,8–10).

Maria, sempre Maria, gerou e alimentou Jesus Cristo. Que mulher! (Lc 8,1–3; Mt 27,55; Mc 15,41)
Uma samaritana recebeu a grande lição sobre a verdadeira adoração no poço de Jacó, e levou uma cidade inteira a ouvir Jesus (Jo 4,21–42). Uma mulher ungiu Jesus antes de Sua morte (Mt 26,7–13). Durante a crucificação de Jesus (Jo 19,25; Lc 23,49), várias mulheres — incluindo Sua Mãe Santíssima — ficaram corajosamente com Ele, enquanto Seus seguidores homens O abandonaram. Até mesmo os apóstolos escolhidos fugiram com medo de perder a vida quando a escolta armada prendeu Jesus (Mateus 26,56).

Mas o grande destaque da participação das Mulheres na História do Povo de Deus é participação decisiva de Maria – Mãe de Jesus: na Anunciação (Lc, 1 26-58), nas Bodas em Caná (Jo 2 1-11), sua presença diante de seu Filho na Cruz acolhendo o pedido Dele em nos tomar como Filhos (Jo, 19, 25.27) e em Pentecostes (At 1, 14). Muitos outros relatos surgem por causa da tradição Bíblica, mas vamos nos ater a estes, que muito já falam ao coração das mulheres!

Mas vocês precisam concordar comigo que são todas um pouco doidas, pois a coragem para fazer tanto em um mundo ou em um determinado e conturbado momento histórico... Senhor! Que loucura!

Portanto Doidas e Santas!!


Quem são as Doidas?

Um dia desse encontrei este texto e achei interessante para definir o quanto os homens gostam de mulheres doidas.

Foi escrito por Ronaldo Correia Júnior e a história e o site dele são bem interessantes. www.dedosdospes.com.br

Cena do Filme "Loucas por amor. Viciadas em dinheiro"

"Sou muito lúcido, racional, equilibrado, metódico, e tenho uma vida monótona e entediante, o que me faz ter uma grande sede de aventura e muita ousadia. Jung tornou o ditado “os opostos se atraem” uma proposição da Psicologia Analítica, que me explica bem: tendo a me apaixonar por mulheres doidas e absurdas, pois me divertem, fazem rir – inclusive delas – e sonhar, quebram minha rotina até radicalmente, me enchem de vida e testam minhas racionalidade e lucidez ao limite; sei que isso pode ser muito perigoso, mas, nesse caso, o risco só me atrai mais. Assim, alguns dos (talvez os) melhores momentos da minha vida foram propiciados por essas mulheres. Porém, é difícil definir o que significa uma mulher ser “doida” para mim. Não é ser liberal, emancipada, beber, fumar, transar por prazer, tomar iniciativa com os homens, etc – e não me intimido com esse tipo de mulher. Com certeza, é ser muito ousada, inconformista, corajosa, audaciosa, aventureira, atrevida, pró-ativa e competente para viver com criatividade e energia. Talvez seja ser psicologicamente complexa, o que requer certa inteligência e cultura para expressar e elaborar tal complexidade. E, é claro, não é ser “doida” no sentido literal, patológico, de ser psicologicamente desequilibrada, embora estabelecer esta linha divisória seja o grande problema, já a ultrapassei uma vez e paguei caro. Confirmando aquele ditado, essas mulheres – mas não só elas – tendem a se atraírem, se apaixonarem por mim, talvez por precisarem das minhas racionalidade, lucidez e capacidade de compreendê-las."

Mas, como bem escreveu a Martha Medeiros, precisamos, muitas vezes, fingir que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata com o Johnny Depp, ou então rebolar num RocknRolla com o Gerard Butler (lindo!).

Eu confesso que só conheço mulheres loucas (graças à Deus!), porque estas têm vida e muita história para contar. E cada uma com a sua loucura especial, encantam e fascinam.

"Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota."

Pra começo de conversa...

Olá!

Que bom criar esse espaço.

Gosto tanto de escrever, conversar, trocar idéias com as minhas amigas, que achei que esse espaço seria muito bacana...

Pra começo de conversa, preciso confessar que ADORO as crônicas da Martha Medeiros. Gaúcha, como eu, e com uma capacidade incrível de escrever aquilo que a gente pensa, sente, vive.

E o título deste blog está diretamente relacionado com a Martha, por isso transcrevo o artigo que me motivou.

Participem e contribuam.

SEJAM SEMPRE BEM VINDAS!



Doidas e Santas
Martha Medeiros
Jornal Zero Hora, 04 de maio de 2008

"Adélia é uma poeta danada de boa. E perspicaz. Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma estando em plena meia-idade, depois de já ter trilhado uma longa estrada onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente? Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões - e a gente sabe como as desilusões devastam - terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso? Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe???Nem ela, caríssimos, nem ela.Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais. Santa mesmo, só Nossa Senhora, mas cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou? (não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do).Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar "the big one", aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha. Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos. Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.

E então? Comentem aí: vocês têm pelo menos uma destas qualificações?
Exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante!