"Primeiro Deus criou o homem, mas depois... bom, depois Ele teve uma idéia melhor", bem melhor!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Silenciar...

Hoje queria silenciar, mas não consigo, queria gritar, mas não posso, queria alguém ao meu lado, mas não tenho.
Não um alguém qualquer, mas um alguém em especial, alguém muito especial.
Tempos e ritmos diferentes.
Formas muito diferentes de enfrentar os problemas, as angustias e a depressão.
Uma vontade desesperada de querer ajudar, segurar a mão e dizer: calma, vai passar, mas não posso e não passa.
Não há cura, mas pressa.
Horas parecem dias e dias parecem semanas.
E é incrível como a vida muda de uma hora para outra.
Não há certezas nem constâncias.
Nada. Absolutamente nada nos  dá segurança de que algo é permanente.
Estabilidade não existe.
E a necessidade é definida por nós.
Qual necessidade?
O que quero?
Não sei, não quero, não posso e não consigo querer.
Isso é estar paralisado até entender o porquê ou para quê.
Por isso ´preciso escrever, escrever para silenciar.
Quem silencia não fala besteiras.
E ficar muda é muito difícil para mim.
Preciso deixar o teu espaço e o teu tempo te fazerem melhorar.
Vou precisar silenciar porque não há o que se possa resgatar, meu silêncio pode ser covarde, mas é atento, meio fajuto meio autêntico.
Silencio porque silenciar é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressada, mas silencio para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois do que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.
E sempre insipirada em Martha Medeiros: "Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias."


“Tristeza é quando chove

quando está calor demais
quando o corpo dói
e os olhos pesam
tristeza é quando se dorme pouco
quando a voz sai fraca
quando as palavras cessam
e o corpo desobedece
tristeza é quando não se acha graça
quando não se sente fome
quando qualquer bobagem
nos faz chorar
tristeza é quando parece
que não vai acabar”
Martha Medeiros

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